Dosagem do Lactato

Dosagem do Lactato

AMOSTRA: PLASMA FLUORETADO. 

 

A dosagem do LACTATO sanguíneo é um indicador indireto da oxigenação tecidual e já é utilizada na medicina humana há 30 anos, mas só recentemente vem sendo empregada na medicina veterinária. Há uma forte correlação entre níveis de lactato e taxas de mortalidade. O lactato pode ser considerado o melhor e mais facilmente indicador disponível para a avaliação do metabolismo celular global em pacientes severamente doentes.

         A mensuração isolada de uma elevação na concentração sérica de lactato tem pouco significado diagnóstico e prognóstico. Indicam-se avaliações SEQUENCIAIS, pois não é o pico do lactato que diferencia sobreviventes de não-sobreviventes, mas sim a capacidade de depurar o lactato circulatório em resposta às intervenções terapêuticas.

  • A concentração de lactato até 2,5mmol/L é normal em pacientes sem estresse.
  • Concentrações entre 2,5 a 4,9 mmol/L são consiredadas elevações suaves
  • Concentrações de 5,0 a 7,0 mmol/L são consideradas elevações moderadas
  • Concentrações acima de 7,0 mmol/L são consideradas elevações severas.

As concentrações normais de lactato em pacientes neonatos e pediátricos podem ser significativamente mais elevadas.

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         E MAIS:

O sistema energético bioquímico do organismo de mamíferos se baseia na via aeróbica. Situações clínicas relacionadas ao estresse acarretam a queda no aporte tecidual de oxigênio e leva à respiração anaeróbica, causando acidose.

O lactato é um produto final da glicólise anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos. A detecção e correção da hipóxia tecidual são fundamentais para pacientes severamente doentes. A dosagem dos níveis de lactato nos dá um indicativo da severidade de determinadas circunstâncias e nos guia nas decisões terapêuticas. A hipóxia ativa uma cascata pró-inflamatória que contribui para gerar e manter a resposta inflamatória, e a elevação do lactato é um indicador de mau prognóstico.

A elevação do lactato leva à inflamação sistêmica, principalmente na musculatura, causando o quadro clínico definido como “miopatia de estresse” ou “miopatia de captura”, que acomete animais domésticos e selvagens. Qualquer estímulo que altere o estado homeostático de um animal, seja interno ou externo, é um agente estressante, e as diversas reações do corpo para combater esta alteração compõem a resposta ao estresse.

Os agentes estressantes podem ser classificados como somáticos (sons, odores, pressão, frio e efeitos de drogas), psicológicos (apreensão, ansiedade, medo, fúria e frustração), comportamentais (superpopulação, disputas hierárquicas, falta de contato social e mudanças no ritmo biológico) e variados (confinamento, má nutrição, parasitismo, infecções, contenção física ou farmacológica, anestesia e cirurgia).

         Em relação a anestesia, a medida da lactatemia é um potencial indicador de estresse durante a anestesia, em função de sua relação com situações de hipoperfusão e choque.

         A Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é uma entidade mórbida associada a situações estressantes que conduzem a disfunções orgânicas, hipoperfusão ou hipotensão. A SRIS ocorre secundariamente a diferentes formas de dano tecidual grave; é um estado inflamatório que atinge a totalidade do organismo, caracterizado como resposta a diversas situações de estresse, tais como queimaduras, traumas severos, cirurgias, hiperglicemia, pancreatite aguda, piometra e outras infecções (sendo nesse caso denominadas sepse).  A causa da SRIS ainda é complexa, e ainda não é totalmente entendida, mas obviamente a resposta pró-inflamatória sistêmica tem implicação na patogênese das disfunções orgânicas associadas.

 

Maiores informações:

http://revistas.unipar.br/veterinaria/article/viewFile/2563/1991

 

 

 

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